Muita
gente ainda não tem muito claro, qual termo usar. Para alguns é apenas uma
nomenclatura diferente. Para outros, muito se quer dizer ao usar um e não o
outro.
O
preconceito contra a palavra “favela” é tal que mesmo as pessoas que moram lá
não querem ser identificadas como “faveladas”. Para muitas, a palavra
“favelado” representa um insulto. Chama-se alguém de favelado para ofender,
para dizer que ela não possui modos, que fala alto, que come de boca aberta,
entre outros aspectos considerados negativos. Hoje, quase a unanimidade das
pessoas que moram em favelas dizem que moram na comunidade X ou Y. A favela não
mudou, só o nome.
Há algumas décadas, as favelas fazem parte da identidade da cidade do Rio de Janeiro. Mas com o passar dos anos, a imagem lúdica que tínhamos das favelas cariocas cedeu lugar à outra imagem. Para muitas pessoas, é lá que mora a violência e os que semeiam a desordem na cidade, é um lugar que representa ameaça à ordem social.
Hoje, as favelas comportam em seu interior uma ampla diversidade física e socioeconômica, existe discriminação lá dentro. Geralmente, quem tem mais condições, moram de frente para a rua, em lugares asfaltados e urbanizados, e os mais pobres moram na beira dos valões, bem para dentro das favelas. É claro, também, que não podemos falar de uma cidade. Temos dentro da maioria dos bairros muitas diferenças e, assim como nas favelas, esses apresentam uma gama de peculiaridades socioeconômicas e físicas.
Há algumas décadas, as favelas fazem parte da identidade da cidade do Rio de Janeiro. Mas com o passar dos anos, a imagem lúdica que tínhamos das favelas cariocas cedeu lugar à outra imagem. Para muitas pessoas, é lá que mora a violência e os que semeiam a desordem na cidade, é um lugar que representa ameaça à ordem social.
Hoje, as favelas comportam em seu interior uma ampla diversidade física e socioeconômica, existe discriminação lá dentro. Geralmente, quem tem mais condições, moram de frente para a rua, em lugares asfaltados e urbanizados, e os mais pobres moram na beira dos valões, bem para dentro das favelas. É claro, também, que não podemos falar de uma cidade. Temos dentro da maioria dos bairros muitas diferenças e, assim como nas favelas, esses apresentam uma gama de peculiaridades socioeconômicas e físicas.
Favela
ou Comunidade? Tanto faz. Não, tanto faz não! Quando um Chefe de Estado ou
Celebridade internacional vem visitar o Brasil, o que é de fato uma favela, um
amontoado de casas prestes a desabar, sem saneamento básico, condições mínimas de
moradia, com crianças famintas e expostas ao crime, vira uma “Comunidade”, onde
Michael Jackson pôde gravar um clip sem risco de ser baleado, onde Madonna pôde
visitar uma fã pobre e sair de lá bem. Onde o Papa João Paulo II doar seu anel
de ouro e até onde muitos filmes hollywoodianos puderam ser gravados. Sendo
assim, na “Comunidade” as crianças mostram aos ilustres visitantes,
o que sabem de melhor da capoeira e do samba. E aos sons do pandeiro e do
berimbal, o Presidente do Brasil sorri orgulhoso e diz: “Companheiros e
companheiras: Isto é Brasil, o Brasil mudou pra melhor!” Mas as drogas e as
armas de fogo ninguém vê. Mas, estão guardadas, prontinhas pra serem cheiradas
e atiradas no tempo certo. Um vulcão adormecido.
Porém, se
vai às visitas e volta tudo como era antes. A favela. Aqueles mesmo amontoados
de casas da comunidade, com pessoas analfabetas, meninas infantis prostitutas,
traficantes e usuários. A favela, onde a vida pode valer uma pedra de crack.
Outrora ninguém dava moral pra isso, agora que Rio de Janeiro virou
celebridade, necessário é acabar com a favela e deixar somente os bairros, a
limpeza, a ordem e a paz... Lá vem a UPP, por ordem no pedaço, pegar geral...
Revoltados, traficantes se unem, então vem à rebelião.
Atira
daqui, atira de lá, morre um aqui, morre outro lá. E quando se vai ver a favela
já é celebridade mundial. É noticiário nos principais jornais do mundo. Os
jornalistas dando uma de coração generoso fazem reportagem na agora então
comunidade, mas não se arriscam a matéria toda é feita vestidos de coletes a
prova de balas. Porque afinal, lá dentro deles, eles sabem que aquele
sentimento favelesco nunca vai sair da comunidade.
Contudo,
fica apenas uma duvida: Comunidade ou Favela? Bom depende do momento... No
entanto, sempre será FAVELA.
Renata Nunes
Renata Nunes
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